domingo, 28 de junho de 2015

Imaginário

Encharcada de mariposas, peixes e musgo
 Nesse lamaçal prenhe de vazio
Sigo cálida e devagar
No caminho, inimigos sorridentes: Durand, Bashô, Cortázar e o velho pantaneiro
minhas mãos eninham a história
Tecem o mito
 Do rio caudaloso
Da faca amolada

sábado, 6 de junho de 2015

Coisando



E não é que eu e você tinha que dar em alguma coisa?
Coisa que dura

Que sacode a caixola
Alegra o peito
E faz a gente virar outra coisa
Coisa vivida
Invivida
Delirante
Café sem açúcar
Camarão em flor
Fumaça feliz
Mar azul
Letra minha
Poema amigo
Entra no ouvido e grita
Não sei de nada
Sei sim
Eu virei coisa tua
E tu, coisa minha?